segunda-feira, novembro 20, 2006

Vinho do Porto

Como te estimo.

domingo, novembro 12, 2006

Acerca daquele assunto

Quando fiz o blog, prometi a mim mesmo que ia evitar referir, ou não mencionar de todo, os assuntos mais generalistas que correm nos noticiários, jornais, cafés e tudo o mais. Para isso, há blogs que cheguem. Mas desta vez a referência é inevitável.

Observo uma secção de um dos suplementos do jornal Expresso, inteiramente dedicado á publicação de cartas enviadas à redacção do mesmo por leitores, ora apontando as deficiências das reportagens publicadas em números anteriores, ou simplesmente comentando o que bem lhes apetece acerca dos ditos artigos. Um verdadeiro hino á vox populis, direi mesmo mais.
A verdade é que a liberdade de expressão é uma coisa bonita, mas corre sempre o risco de ser levianamente usada a bel-prazer de pessoas que se acham detentoras de uma retórica incrível e galvanizante. Ao ler a crítica de uma leitora a uma jornalista pelos dados do artigo da respectiva, fico chocado com tal imbecilidade. A leitora critica a jornalista por dizer que "muitos portugueses desaprovam o aborto nos hospitais públicos". Note-se que a jornalista apenas expressa uma opinião geral, e de maneira nenhuma indica se a sua se engloba na do grupo estudado.
O que se segue é uma fraca comparação da situação de gravidez indesejada ao cancro por consumo de tabaco, á toxicodepenência, e afins. Todos são adquiridos por comportamentos de risco. Mas de maneira nehuma a gravidez indesejada pode ser considerada uma doença! Segundo a leitora, se o aborto não pode ser permitido, então os sofredores de cancro, toxicodepentes e alcoólicos deviam todos ser corridos dos hospitais. Uma descasca pouco fundamentada e que expressa uma extrema ignorância da parte da leitora. Independentemente da opiniao pessoal de cada um sobre o aborto, creio que é de senso comum que a gravidez é um privilégio, desejada ou indesejada. Por isso apelo á sobriedade de pessoas certamente mais maduras que eu na escolha das suas quezílias e argumentos. De facto, a gravidez é o único comportamento de risco a que podemos agradecer de nos ter posto no mundo.

sábado, novembro 04, 2006

Responsabilidades

Passo, a partir de agora, a ser o único a postar neste blog.
Não faz mal. Sempre quis ser dono de alguma coisa, nem que fosse de um simples espaço de zeros e uns.
Até porque acho que as pessoas que se existem a si mesmas podem muito bem ser classificadas como zeros e uns. Há uns que, independentemente da sua posição esquerda ou direita, acabam sempre por ter algum valor.
Os zeros são sempre os mesmos: a sua posição é que determina o valor que se lhe é dado. À direita, quantos mais melhor. À esquerda nem vê-los.

E se pudesse ser dono do meu próprio código binário...


Haja quem o descodifique!