segunda-feira, setembro 25, 2006

Sobre o Silêncio

O que achei de mais fantástico num congresso recheado de juventude dos 13 aos 20 anos, quase trezentos no total, enclausurados e animados com o dito evento, foi o facto de, no meio de tanta
animação, música, dança, o momento mais mágico e tocante foi quando todos estes, muitos pela primeira vez numa igreja baptista, se silenciaram para ouvir as palavras desafiantes do pastor entusiasta. Um silêncio digno de convento, introspectivo, reflexivo, de atenção e esperança.
Silêncio esse que muitas vezes não aprendemos a apreciar, a compreender. Silêncio esse que progressivamente ganha importância na minha "setlist" de melodias a ouvir. Silêncio que sendo surdo-mudo, nos diz muito mais que tudo o que possamos ouvir de alguém.
Ando a gostar muito do silêncio. Não é à toa que ontem me vieram constantemente musícas dos Silence 4 á cabeça.

sábado, setembro 23, 2006

Uma semana

Uma semana cansativa. Uma semana de descoberta. Uma semana de emoções fortes.Uma semana de inovação. Uma semana de descoberta. Uma semana de trabalho. Uma semana de diversão. Uma semana de nostalgia. Uma semana de sol. Uma semana de chuva. Uma semana de bons e maus sonhos. Uma semana de dores. Uma semana de bem-estar. Uma semana alegre. Uma semana triste. Uma semana para tudo o que se quiser. Uma semana sem tempo para nada.


Giro seria se fossem assim as minhas semanas. Foi pena terem planeado juntar-se todas e combinarem-se numa só.

Foi esta a minha semana. A vaguez do texto não é artística, mas revela o desinteresse da minha parte de ser desenvolvida em algo complexo e intrigante.

Foi esta a minha semana.

segunda-feira, setembro 18, 2006

Desvarios poéticos


Olhamo-nos
Tu impávida e serena
Eu com ânsia e carinho
Porque tenho um plano para ti
Porque te desejo alva como a neve
Mas não porque me dás algo em troca
Companhia ou gentileza,
Nem o amor mo podes dar
Dás-me apenas o simples prazer
De te pintar como deve de ser
Como um pai penteia a filha
Também eu te afago frescura
No sol que nos queima ambos.
E mesmo sabendo
Que tantonte faz a ti
Se te acaricio eu
Ou um assalariado para tal,
O meu plano cumpre-se
E ficas pálida,
Depois do meu adeus.

sábado, setembro 16, 2006

O Homem fixa constantemente na sua cabeça a seguinte máxima:
"Eu não fui feito para a Natureza, a Natureza é que foi feita para me ser conveniente."
O resultado desta constante arrogância tanto pode ser uma simples irritação pelo facto de as cebolas "picarem" nos olhos e comprarmos um picador automático, ou a destruição da camada de ozono e de florestas tropicais para termos ambientadores e papel higiénico. Apenas porque não conseguimos ficar satisfeitos.
Há 2 milhões de anos atrás, duvido que os primeiros hominídeos fossem menos felizes por não terem gás canalizado ou carros para caçarem os seus mamutes. Eles simplesmente não se queixavam.
Filmes como "Os deuses devem estar loucos" e "Uma verdade inconveniente" traduzem bem as consequências sociais e ambientais, respectivamente, de toda esta busca por conforto. O que me preocupa mais é que, com a taxa de obesidade a aumentar e as médias escolares a descerem, temo que no futuro nos tornemos em sedentários ignorantes num mundo privado de Natureza. E como também não gosto de imaginar futuros pós-apocalípticos, vou continuar a descascar as minhas cebolas a olho nú.

Rouco

Adoro acordar de manhã, e com com a aspereza matinal, tentar soar uns acordes vocais ao som dos clássicos de sempre. Noto sempre uma satisfactória semelhança a um Tom Waits com o seu catarro de anos de experiência. Há quem diga que é por esta e por outras razões que me consideram esquesito, mas não deixo de achar que é bastante engraçado. Não..?

quinta-feira, setembro 14, 2006

A hora de ir para o lar


"Mamã, vamos para casa? 'Tá a ficar frio...!"

"Sim filha, vamos para casa..."

terça-feira, setembro 12, 2006

É tempo de acordar

Passado o tempo do descanso, decido deixar as micoses inspiracionais para trás e por-me ao trabalho. Um blog competente é o blog que agrada e fomenta leitores ávidos e não corta rações a seu bel-prazer. Mas o que dizer?
Okay, as férias tiveram os seus momentos. Mas está alguem interessado num relatório conciso e detalhado das minhas actividades lúdicas estivais?
Também não escreverei sobre o 11/9. Pouco se pode acrescentar ao que já foi dito ao longo de 5 anos, e o que um blog simplista e desinteressado diz pouco enriquecerá as vossas insaciáveis mentes.
E também nao vou escrever mais textos incongruentes como este. Acontece que simplestente me apeteceu notificar o regresso da musa, que não traz no seu cabaz os temas que já depus.
Mas o que dizer?