Já uma vez me tinham pedido para escrever sobre a falta de inspiração.
Na altura pareceu-me complicado, confesso.
Agora é simplesmente algo com que tenho convivido nestes dias.
Sentir que as palavras não fluem.
Os dedos movimentam-se lentamente no teclado por não saber o que escrever e o mais irónico é que há tanto para transmitir e tenho sentido tanta coisa e aprendido da maneira mais cruel, mas nada sai.
Ou então a caneta ou lápis que não deslizam com naturalidade no papel...as mãos traspiram do nervosismo que é querer exteriorizar tudo e no entanto não sair nada.Apagar ou riscar até o papel rasgar.
Pensar que se calhar as palavras acabaram, mesmo que esta necessidade de escrever seja maior que qualquer vontade, mesmo que haja um tema, mesmo que esse tema seja sobre algo que eu já tivesse escrito.
Tentar encontrar a inspiração em alguém, num livro, num olhar,numa paisagem, no vazio ou até no imaginário.Contudo após reter tanta informação há um despejar de palavras, há um texto confuso, saiu tudo menos aquilo que queria.Então volto a apagar...
E a sensação de estar presa em mim, dos meus sentimentos estarem presos em mim, das palavras estarem presas no vazio que eu sou assombra-me.
Chego ao ponto até de criar um ambiente para escrever.Desligo as luzes, acendo umas velas, escolho uma música consoante aquilo que estou a sentir,meto-me em frente ao monitor ou ao papel...e espero.Espero que o ambiente juntamente com o que sinto me envolva completamente e dai saia alguma coisa, não para os outros verem, mas para eu me sentir livre e aliviada...mas nem sempre resulta.
Hoje quebrei então o meu ritual.
e escrevi apenas sobre aquilo que não tenho conseguido escrever
e hoje
sinto que as minha palavras se soltaram...
quarta-feira, julho 26, 2006
sábado, julho 15, 2006
Sussurar-te...
Recordo hoje, nesta noite quente sem ti a meu lado, mas a sentir-te cada pedaço desta nossa pequena história Como começou, como tantas vezes pareceu ter acabado e como agora parece que irá fazer parte do nosso futuro Quando sinto a tua falta faço apenas isto... Recordo... Fecho os olhos e imagino-te aqui, a sorrir para mim. Acabei agora de ouvir a tua voz e senti as lágrimas a quererem sair. Fechei os olhos e quase senti os teus lábios no meu rosto... e quase consegui sentir o teu cheiro. Ás vezes penso que talvez pense demasiado que talvez seja demasiado egoista por te querer sempre ao meu lado Mas sabes que mais não quero saber quero apenas viver quero apenas amar e quando voltares quero sussurar-te aquelas palavras que nem sempre consigo dizer mas que eu quero tanto que tu saibas vou sussura-te aquela palavra até ficares cheio dela... Amo-te* |
domingo, julho 09, 2006
O blogue
Encontra-se temporariamente de férias.
Voltamos ao activo com um bronze valente e cascas de tremoços.
Voltamos ao activo com um bronze valente e cascas de tremoços.
segunda-feira, julho 03, 2006
domingo, julho 02, 2006
Desvarios poéticos V
Coragem...há que tê-la
O medo...há que esquecê-lo
E o sentimento...
Há que marcá-lo com cola e selo
Minha querida,
Querida desgraça
Porque apareceste em tão boa
E terrível hora?
Porque és tão pontual
Para esta alma tão escassa?
E diz-me tu, querida...
Uma simples razão
Para eu me lembrar
De viver o dia seguinte
O medo...há que esquecê-lo
E o sentimento...
Há que marcá-lo com cola e selo
Minha querida,
Querida desgraça
Porque apareceste em tão boa
E terrível hora?
Porque és tão pontual
Para esta alma tão escassa?
E diz-me tu, querida...
Uma simples razão
Para eu me lembrar
De viver o dia seguinte