quarta-feira, julho 26, 2006


Já uma vez me tinham pedido para escrever sobre a falta de inspiração.

Na altura pareceu-me complicado, confesso.

Agora é simplesmente algo com que tenho convivido nestes dias.

Sentir que as palavras não fluem.

Os dedos movimentam-se lentamente no teclado por não saber o que escrever e o mais irónico é que há tanto para transmitir e tenho sentido tanta coisa e aprendido da maneira mais cruel, mas nada sai.

Ou então a caneta ou lápis que não deslizam com naturalidade no papel...as mãos traspiram do nervosismo que é querer exteriorizar tudo e no entanto não sair nada.Apagar ou riscar até o papel rasgar.

Pensar que se calhar as palavras acabaram, mesmo que esta necessidade de escrever seja maior que qualquer vontade, mesmo que haja um tema, mesmo que esse tema seja sobre algo que eu já tivesse escrito.

Tentar encontrar a inspiração em alguém, num livro, num olhar,numa paisagem, no vazio ou até no imaginário.Contudo após reter tanta informação há um despejar de palavras, há um texto confuso, saiu tudo menos aquilo que queria.Então volto a apagar...

E a sensação de estar presa em mim, dos meus sentimentos estarem presos em mim, das palavras estarem presas no vazio que eu sou assombra-me.

Chego ao ponto até de criar um ambiente para escrever.Desligo as luzes, acendo umas velas, escolho uma música consoante aquilo que estou a sentir,meto-me em frente ao monitor ou ao papel...e espero.Espero que o ambiente juntamente com o que sinto me envolva completamente e dai saia alguma coisa, não para os outros verem, mas para eu me sentir livre e aliviada...mas nem sempre resulta.

Hoje quebrei então o meu ritual.

e escrevi apenas sobre aquilo que não tenho conseguido escrever

e hoje

sinto que as minha palavras se soltaram...



sábado, julho 15, 2006

Sussurar-te...


Recordo hoje,
nesta noite quente
sem ti a meu lado,
mas a sentir-te
cada pedaço desta nossa pequena história

Como começou,
como tantas vezes pareceu ter acabado
e como agora parece que irá fazer parte do nosso futuro

Quando sinto a tua falta
faço apenas isto...
Recordo...
Fecho os olhos e imagino-te aqui,
a sorrir para mim.

Acabei agora de ouvir a tua voz
e senti as lágrimas
a quererem sair.
Fechei os olhos
e quase senti os teus lábios no meu rosto...
e quase consegui sentir o teu cheiro.

Ás vezes penso
que talvez pense demasiado
que talvez seja demasiado egoista por te querer
sempre ao meu lado
Mas sabes que mais
não quero saber
quero apenas viver
quero apenas amar
e quando voltares
quero sussurar-te
aquelas palavras que nem sempre
consigo dizer
mas que eu quero tanto que tu saibas
vou sussura-te
aquela palavra
até ficares cheio dela...

Amo-te*

domingo, julho 09, 2006

O blogue

Encontra-se temporariamente de férias.
Voltamos ao activo com um bronze valente e cascas de tremoços.

segunda-feira, julho 03, 2006


"Muito bem, sim senhor!
A cozinha está um esplendor."
Com o trabalho valorizado
Sinto o espírito renovado

domingo, julho 02, 2006

Desvarios poéticos V

Coragem...há que tê-la
O medo...há que esquecê-lo
E o sentimento...
Há que marcá-lo com cola e selo
Minha querida,
Querida desgraça
Porque apareceste em tão boa
E terrível hora?
Porque és tão pontual
Para esta alma tão escassa?

E diz-me tu, querida...
Uma simples razão
Para eu me lembrar
De viver o dia seguinte